quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Apologia cristã ou satanismo transfigurado em mensagens da luz

Lembrando 1 Pedro 5.8, podemos dizer, sem medo de errar, que o diabo está constantemente presente ao derredor de todas as pessoas, e devorando aquelas que não estão vigilantes.

Ninguém espere que a malignidade esteja aparente. O diabo não tem cara de vilão, não tem chifres, não segura um tridente e nem usa capa vermelha. Ele é espírito, sua vilania é convencer e inspirar a todos a agir contra a vontade de Deus. Como? Fazendo com que o ser humano seja indiferente ao Senhor e o mandamento de amar. Deus nos deu a missão de amar uns aos outros, nos quer amando o semelhante. Se não amamos, estamos na boca do diabo.

Haja vista o significado da palavra "diabo". É "caluniador", no idioma grego. E Satanás? É "adversário". É uma pena encontrar irmãos que se esquecem de se comportar e pregar sobre o amor de Deus, de falar assuntos que edifiquem a irmandade, ocupados em falar mal daqueles por quem Cristo morreu (mesmo que as intenções sejam boas e acreditem que o que dizem contra muitos sejam verdades).

Em nome da apologia cristã, eles classiificam todas as pessoas que discordem de seu jeito de agir como idólatras, fãs de cantores e pregadores, rebotalhos do Evangelho, e outros adjetivos sem amor cristão. Eles são em extremo irônicos contra os alvos de suas críticas. Parecem não lutar contra o pecado, mas contra os pecadores. Eles parecem ser detentores da onisciência divina, pois usam a maledicência contra o próximo como se de fato conhecessem o coração do pecador. Para os tais, o diabo não está presente nas ações acusatórias que cometem. Agem  como se não existisse maldade alguma em nomear pessoas e em seguida acusá-las. O diabo muda de figura, o acusador se apresenta como bom, a malignidade é travestida de mensagem de luz. (Veja: 2 Coríntios 11.14-15, lembrando que 'anjo" significa mensageiro).

Não podemos nos esquecer: O olhar de julgamento de Deus sobre o ser humano é profundo, pois observa as intenções das ações.  Somos seres humanos, portanto, falhos.  E se falhamos, como podemos exigir a perfeição do próximo?

Quando alguém pensa ser capaz de  descrever o coração do outro, falha, e calunia, porque não é igual a Deus, não é detentor do atributo divino da onisciência.

“Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca. Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano” - Mateus 18.14-17.


Os críticos acusadores citam nomes, fazem trocadilhos com nomes. Não estão dispostos a amar  o próximo como amam a si mesmos. Parecem estar esquecidos que a exortação cristã deve ser exercida com imparcialidade e amor, com vista à edificação do criticado. Ao exortar, a crítica não deve servir para envergonhar e destruir. Portanto, diante deles, o cristão temente a Deus precisa se manter em sujeição a Deus e resistir ao diabo, resistir aos acusadores. Nenhuma acusação deve ser aceita imediatamente – seja da autoria de quem for -  é necessário haver  a confirmação de duas ou três pessoas. Conferir: Tiago 4.7; Efésios 4.15; 1 Timóteo 5.19.

Julgar pela aparência é pecado (João 7.14). Por quê? Porque nem tudo o que parece é, porque devemos ser sóbrios e sempre justos e viver piamente. Os injustos não entrarão no céu. (Tito 2.12; 1 Corintios 6.9).

Não nos esqueçamos que só Deus é onisciente, é loucura agir como se também fôssemos portadores de onisciência ou aceitar o comportamento de quem age como se a tivesse. O diabo, que tentou ser igual a Deus, foi precipitado do céu e o inferno o aguarda para que sofra o sofrimento infinito. Quem se comporta como mensageiro injusto,  sendo caluniador e adversário do seu irmão, e qualquer um que aceite o comportamento injusto de alguém contra outro alguém, terá o mesmo destino do diabo. Ver Mateus 25.12.

O diabo existe. Age como mensageiro de luz, está em derredor usando acusações, com pretensas intenções nobres, objetivando devorar os escolhidos de Deus. Cuidado com  mensageiros e suas mensagens cheias de acusações e  vazias de amor ao próximo.

No Sermão do Monte, Jesus Cristo ensinou a orar pedindo a Deus que nos livre do mal. Assim seja, que estejamos libertos dos males como vítimas e como algozes.

E.A.G.

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