domingo, 6 de março de 2011

Reflexão em 1ª Pedro 3.1-11... Proibição ao uso de jóias?

Falando sobre o contexto de 1ª Pedro 3.1-11:

O terceiro capítulo começa com a palavra "semelhantemente". E vem a pergunta: semelhante ao quê? Aos assuntos tratados antes. Nos capítulos anteriores, o apóstolo comenta sobre os deveres dos cristãos como cidadãos em relação aos governos deste mundo; com proceder como trabalhadores. Frisa a questão da fidelidade que se deve dispensar ao Senhor (ver em 2.11). E, no terceiro capítulo, ele foca os casamentos de esposas cristãs com maridos descrentes, continua enfatizando a fidelidade ao Senhor, dizendo que a mulher cristã precisa cuidar mais do enfeite da alma, que se encontra no interior do coração dela do que dos enfeites externos. No versículo 7, capítulo 3, Pedro diz que tal comportamento deve ser o mesmo por parte dos maridos convertidos, casados com mulheres não convertidas. E elenca quais são esses enfeites: compreensão, cuidado e prestação de honra ao cônjuge.

Leiamos:

"1 Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos; para que também, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavra pelo procedimento de suas mulheres, 2 considerando a vossa vida casta, em temor. 3 O vosso adorno não seja o enfeite exterior, como as tranças dos cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos, 4 mas seja o do íntimo do coração, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que é preciso diante de Deus.

5 Porque assim se adornavam antigamente também as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam submissas a seus maridos; 6 como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, se fazeis o bem e não temeis nenhum espanto.

7 Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações.

8 Finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, cheios de amor fraternal, misericordiosos, humildes, 9 não retribuindo mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; porque para isso fostes chamados, para herdardes uma bênção. 10 Pois, quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano; 11 aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a."

E.A.G.

Os usos e costumes de roupas, brincos, pingentes, nas igrejas evangélicas

Ultimamente vemos que os costumes denomonacionais são uma prática que os cristãos mais antigos na igreja usam para dizer que são mais santos que os crentes mais novos. Alegam que o crente precisa fazer a diferença neste mundo através do aspecto exterior do corpo, acreditam que se o pastor abrir mão da rigidez doutrinária o Espírito Santo se entristecerá e a Igreja correrá sérios riscos. Dizem que a prática de usos e costumes reflete a santidade de seu praticante.

Será que o modo de pensar dessas pessoas evangélicas reflete o cristianismo? A Palavra de Deus possui essa resposta.

O que é "bom" costume? É uma opinião, um gosto pessoal... E o que é "bom" para alguns não é bom para todos... É por isso que a regra de fé na Igreja do Senhor deve ser a Bíblia Sagrada, que nivela todas as almas por um nível só. Qual? O de pecadores. 

É claro que algumas pessoas passam dos limites. Ocorrem exageros por parte de quem representa os líderes evangélicos e também pela parte que representa os liderados. E a  Bíblia condena os exageros, é preciso ser moderado, observador praticante das Escrituras Sagradas (Deuteronômio 28.14; Provérbios 17.27; Romanos 12.3; Tiago 1.25).

Embora erros persistam, já faz tempo em que não é aceitável ao porteiro deixar de recepcionar bem o adolescente porque ele usa bermuda e a garota porque usa mini-saia. É chegado o tempo de trocar o verbo proibir pelos verbos ensinar e orientar.

Os  líderes, persistentes no erro da imposição, alegam que a liberalidade traz a libertinagem no meio do povo. Dentro desse tipo de pensamento, muitas almas por quem Jesus Cristo morreu são rotuladas como rebeldes.  Há casos de mulheres disciplinadas por usar calças compridas no trabalho e garotas impedidas de cantar em conjuntos na igreja porque depilam as sobrancelhas; garotos são suspensos da função de tocar porque usam bermudas na escola.

É difícil, mas o pastor evangélico precisa esforçar-se para preservar as ovelhas de Cristo na igreja, pois são amadas por Deus. É difícil, mas jamais o zelo poderá ser sinônimo de preconceito e discriminação contra pessoas. Este zelo jamais poderá se transformar em fator inibidor, num tropeço aos que queiram seguir a Jesus Cristo em uma denominação evangélica. Zelar pelos bons costumes é necessário, mas com entendimento da Palavra de Deus (Romanos 10.2; 12.11).

Apesar de alguns jovens renunciarem às festas carnais para frequentar a igreja, lutarem todos os dias contra o mundo, ainda são vítimas de preconceito por causa de hábitos concernentes aos usos e costumes. Apesar de muitos jovens serem valentes e corajosos, no passado serem mentirosos e no presente não mentirem mais, antes desrespeitarem os pais e hoje não os desrespeitam mais, antes se drogarem e agora não se drogam mais, ainda são discriminados por causa da aparência. Deus age na vidas deles: onde há transformação há o poder do Senhor agindo. Porém, os praticantes de costumes na  igreja, enxergam somente estilos de roupas, brincos e anéis.

É claro que somos totalmente contra a libertinagem, a falta de santidade, e de comprometimento com o Evangelho. Defendemos a liberdade e a descência. O cristão precisa aprender a se vestir e andar descentemente.

Jamais deveria haver condenação mediante a usos e costumes. É Deus quem julga as intenções do coração. Ele deu o livre arbítrio ao ser humano, em respeito ao gosto pessoal de cada coração.

Os usos e costumes denominacionais não salvam ninguém, porém o salvo em Cristo Jesus precisa ter bons costumes de se vestir, agir, pensar. Quem segue a Jesus Cristo é salvo, quem segue apenas a etiqueta de uma denominação evangélica não. Só Jesus é quem nos salva, só o sangue dEle é quem nos purifica de todo pecado. Todo cristão precisa firmar-se nessa pregação, porque toda afirmação que contenha informação diferente dessa não é o Evangelho do Senhor. Entendemos que isso deve ser ensinado aos novos convertidos  (Atos 4.10-12; 1ª João 1.9).

É preciso tomar todo cuidado. Quando alguém considera que os usos e costumes denominacioais têm o mesmo grau de importância que o Evangelho do Senhor Jesus Cristo, na questão da salvação, tal doutrinamento se consiste em um anátema no coração dela.  É o outro evangelho (1ª Coríntios 16.22; Gálatas 1.9).

Se as doutrinas de homens salvassem, então os irmãos em Cristo que congregam na Igreja Batista, Igreja Quadrangular não estão salvos.

Devemos defender a moderação na questão de usos e costumes, sem exageros.